quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Por que nosso turismo ainda é “faz de conta”.

Como em todos os anos, Parnaíba, Luís Correia e demais cidades do litoral piauiense são visitadas por milhares de pessoas durante o período que compreende o reveillon.  Pessoas principalmente da nossa capital Teresina, de Brasília, de outras cidades piauienses e de inúmeros outros estados vem se divertir nas nossas praias, buscando descanso e alegria durante sua estadia. 

Nossa região beneficiada por riquezas naturais nunca foi explorada de forma satisfatória. Praias da orla de Luís Correia (Atalaia até Coqueiro) sofreram e sofrem com uma ocupação totalmente irregular e mal feita, tornando a sua área “urbanizada” um verdadeiro caos sem beleza ou organização alguma. Pedra do Sal também sofre com isso. Bares sem a mínima estrutura (e não que a culpa seja de seus proprietários, pois mal sobrevivem), sujeira nas praias, falta de recipientes para lixo, falta de placas com informações e falta de educação do povo que insiste em colocar seus nomes nas pedras (podiam colocar o endereço também não é?). 

Tudo isso vai contra um dos maiores, se não o maior pilar do Marketing moderno: “ Marketing não é uma batalha de produtos, é uma batalha de percepção”. A primeira impressão é a que fica, isso todo mundo já ouviu. Quer um exemplo prático. A peixada que você pediu num bar em Atalaia não é necessariamente o prato mais maravilhoso que você já comeu na sua vida, talvez até a peixada do bar vizinho seja melhor, mas esse bar que você está mostrou-se muito organizado, limpo e com cores atrativas, com cadeiras e mesas em perfeito estado, garçons que lhe atendem com um sorriso no rosto, se mostram prestativos mesmo com o bar lotado. Os Banheiros são limpos e amplos (leia-se, mas de uma pessoa por vez). Existe várias forma de pagamento. As bebidas são geladas. Os copos e pratos são limpos. O clima em si do local se mostra muito caloroso e receptivo. Os preços são condizentes com toda a estrutura oferecida. Agora lhe pergunto: a peixada do vizinho, que não tem esses serviços agregados ao seu produto, ainda é mais gostosa? Possivelmente sim, mas qual bar você acha que tem mais gente? 

Esse pequeno caso vale em escala maior, nosso estado tem a peixada mais gostosa (entenda ai, belezas naturais), mas não tem os mínimos serviços agregados ao produto que o tornam líder de venda e geram assim lucro (desenvolvimento). A mudança deve partir da iniciativa privada e sobre tudo do governo. Alguns empresários já começaram, e o governo tenta, erra, tenta de novo, erra de novo. Já tem 30 anos que eu os vejo tentando acertar, mas é bem desanimador. Pensem nisso quando visitarem nosso litoral.

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